sábado, 8 de setembro de 2012

Assédio Moral nas Empresas




A violência pode ser praticada por qualquer pessoa, em qualquer lugar e por qualquer razão. Há muito tempo nos deparamos com um tipo "invisível" dela, a violência moral. Ela é geralmente cometida no local de trabalho e pode ser executada por discriminação seja pela diferença de cargos ou seja pela diferença de sexo, podendo evoluir, em alguns casos, até mesmo ao assédio sexual. 

Ana Maria Fonseca Zampieri em um capítulo do livro "Comunicação Interna: A Força das Empresas" define:  "Adubado pela debilitação do respeito por si mesmo e pelo outro como fundamentos da convivência, o assédio moral nas empresas contibui para viver num progressivo desencanto de si mesmo, do outro e da vida." (p.14, 2011). Diante deste cenário cabe a empresa proporcionar aos seus funcionários respaldo para identificar essa situação e se estiverem de fato diante dela fornecer meios para denúncias, ajuda/acompanhamento psicológico e a punição de quem a pratica.

"Assédio moral é sintoma de que há fissuras na gestão da identidade, lacunas nos compromissos da organização, ausência de alinhamento entre o que afirma ser, o que faz e os impactos que provoca." (Apud, Migliori, 2011, p.96). Se o assédio é  considerado um sintoma que faz parte da identidade da empresa cabe a ela criar ações contra esse tipo de violência, sendo que essas ações devem ir além das regras de ética e de compliance que seguem.

Canais de disque denúncia e palestras de orientação são exemplos de alternativas para dar aos funcionários diretrizes. Quando a organização toma a frente, encara e combate este sintoma desde sua raiz, ela possibilita que o local de trabalho entre em harmonia e consequentemente encontre uma melhor qualidade na produção e prestação de serviços dos funcionários, pode diminuir o fluxo de rotatividade deles na empresa influenciando até mesmo na qualidade de vida, "Lidar com resultados e repercussões sob a ótica econômica, ambiental, social, cultural, e todas as demais esferas relevantes para os negócios e seus stakeholders."(Apud, Migliori, 2011, p.96). 

Bibliografia:
 Comunicação Interna: A Força das Empresas, Volume 5, São Paulo, ABERJE Editorial, 2011.

sábado, 25 de agosto de 2012

Intranet: todo mundo conhece mas, nem sempre usa. Por que?

É, todo mundo conhece um pouco de Intranet...o que é, para que serve, quem usa e como usa. Entretando, o que é comum mesmo quando falamos de intranet, é ouvir um ou outro funcionário reclamando "Puxa, mas a intranet da minha empresa é muito ruim, nunca consigo achar nada! Ela é tão cheia de "braços" que realmente é difícil navegar por ela!"

Pois é, a intranet pode ser um veículo muito bom, onde os colaboradores encontram informações e se atualizam com relação a todos os eventos, informações da empresa e do setor em que ela está inserida, mas muitas vezes pode tornar-se um equívoco na organização.

Em geral, empresas multinacionais que atuam em diversas frentes de um mesmo nicho de mercado podem acabar se perdendo com suas sub-divisões e suas sub-intranets. Sem contar que a cultura local influencia muito em como essa intranet será utilizada pelo funcionário e, principalmente, se será útil. O objetivo de trazer as informações mais pertinentes a um determinado grupo de colaboradores em locais diferentes, sem que as informações globais das empresas sejam perdidas, é um dos maiores desafios que as áreas de comunicação interna de multinacionais têm por aí. Eu mesma sinto essa dificuldade muitas vezes e pensei, por que não uma plataforma, algo que reúna todas as informações mais importantes para os colaboradores locais, sem perder o alinhamento com a matriz e sem inutilizar a intranet original da companhia?

Há algum tempo atrás conheci uma ferramenta muito interessante que faz tudo isso acontecer de forma simples e prática, o nome da ferramenta é "new agent", uma plataforma digital onde a comunicação local da empresa pode adaptar a intranet global, trazendo para a página principal da plataforma as notícias mais importantes da empresa e do setor, trazendo interação com outros colaboradores e podendo até mesmo criar links de páginas colaborativas, onde os próprios colaboradores podem inserir informações conforme julguem interessante.

Achei a plataforma algo realmente incrível e chamaria até mesmo de uma nova fase para as intranets atuais. Para as empresas multinacionais essa plataforma é uma grande sacada, já que pode-se personalizar o conteúdo de informações para cada país/cidade onde a empresa está inserida, bem como redirecionar os funcionários à intranet global, que não perde seu sentido e funcionalidade.

Vale a pena conferir os benefícios que essa nova plataforma pode trazer à comunicação interna das empresas. Funcionários interessados em conhecer mais sobre a sua empresa, sobre o setor em que ela está inserida e o que está acontecendo com ela no momento agregam maior valor ao seu trabalho e com isso trazem melhores resultados. Portanto, pense: será que não vale a pena dar uma mãozinha na intranet da sua empresa e torná-la mais próxima do seu funcionário local? Ajude a mudar esse slogan - "Intranet: todo mundo conhece, mas nem sempre usa" - por esse -"Intranet: todo mundo conhece e cada vez mais usa!"

sábado, 18 de agosto de 2012

Yammer

Além dos emails, jornal mural, SMS e todos os outros veículos de comunicação interna, as empresas estão investindo também em ferramentas de mídia social para aprimorar o relacionamento e a integração do público interno, podendo também fomentar os valores e a cultura organizacional da empresa.

Hoje falaremos sobre o Yammer, um aplicativo online parecido com o Twitter, destinado à grandes organizações, cujo objetivo é aumentar a produtividade, aprimorar a comunicação e verificar as tarefas e desempenho dos funcionários, por meio de um sistema de monitoramento capaz de seguir os usuários. De acordo com Henrique Imbertti Jr, o Yammer pode ser utilizado da seguinte forma:

  • Manter-se ligado aos colegas de trabalho, mesmo quando há distância física;
  • Compartilhar um artigo, documento, link ou outras infomações;
  • Conseguir respostas rápidas para uma pergunta;
  • Participar de uma discussão;
  • Encontrar facilmente contatos de colegas de trabalho;
  • Criação de uma base de conhecimento facilmente acessada;
  • Procurar por um assunto ou pesquisar;
  • Verificar que assuntos estão tendo mais relevância e quem são os usuários ou especialistas mais influentes no tema.

Veja a matéria na íntegra clicando aqui.
Para se cadastrar é rápido e simples. Você pode se inscrever pelo site com o seu email corporativo, criar um perfil com informações como nome, carga, área, entre outros e convidar os seus colagas de trabalho. A ferramenta proporciona privacidade em relação a sua sua rede de contatos, por limitar-se aos emails da empresa. Veja abaixo, a identidade visual do Yammer. É bem parecida com a carinha do facebook, porém atribui funções do Twitter.


          Nos próximos posts abordaremos outras ferramentas de mídia social, fiquem atentos!

sábado, 11 de agosto de 2012

Campanhas de Reconhecimento Interno


Hoje, as empresas têm direcionado iniciativas no campo motivacional, com o objetivo de estimular os profissionais a fazerem parte do time e, com isso, alcançarem uma melhor performance. As ações direcionadas à motivação são as mais variadas e dependem da realidade de cada organização, bem como dos objetivos almejados. Há companhias, por exemplo, que investem em programas de qualidade de vida, treinamentos lúdicos, além de iniciativas focadas ao reconhecimento do engajamento dos colaboradores.

É importante ressaltar que as ações de engajamento e retenção de talentos na organização podem ser melhor geridas se os programas de reconhecimento estiverem na lista de prioridades estratégicas. Deve-se criar programas balanceados, condizentes com os valores e o negócio da organização e com a forma de reconhecimentos que os próprios funcionários gostariam de receber.

A Ambev, por exemplo, valoriza funcionários ou equipes cujas ações inovadoras em suas áreas resultaram no aperfeiçoamento das práticas da companhia. O evento "Melhores Práticas" promove a troca de experiências e premia soluções aplicadas no Brasil e em outros países.

As unidades fabris da Ambev são avaliadas em diversos quesitos pelo Programa de Excelência Fabril. Essa premiação é determinante para a definição da remuneração variável dos funcionários, que pode chegar a cinco salários. Além desse programa, as fábricas contam com uma avaliação trimestral, o Campeonato Mundial, que reconhece as células que mais se destacaram dentro das fábricas.

O Programa de Excelência em Vendas tem o mesmo funcionamento do Fabril. A posição no  ranking de excelência guia a remuneração variável de acordo com a colocação alcançada pelos times de vendas.

A equipe de vendas também tem uma premiação especial, o reconhecimento Feras, que homenageia a cada semestre os vendedores de destaque em todo o Brasil. Os melhores profissionais do ano são convidados a participar de um evento na Administração Central com os diretores corporativos.

Para os funcionários com mais tempo de casa, promovem o Reconhecer - uma homenagem aos colaboradores que completam 15, 20 e 25 anos de trabalho na empresa.

Referência: www.ambev.com.br

sábado, 23 de junho de 2012

Férias coletivas e os comunicados


Muitas organizações proporcionam férias coletivas aos funcionários em datas festivas como, por exemplo, o natal e o ano novo. Infelizmente nem todos da empresa podem ter esse direito, muitos deles tem cargos onde há a exigência de presença de corpo do funcionário mesmo nessas datas. E como fazer para comunicar todos da empresa sobre as férias e ao mesmo tempo fazer com que o funcionário que não pode ser dispensado se sinta motivado a trabalhar?

Empresas grandes utilizam o comunicado interno com uma escrita clara e de fácil compreensão para alcançar seu objetivo, normalmente o comunicado vem da alta gestão (diretoria) para os colaboradores e há necessidade também de se avisar seus clientes e fornecedores. O comunicado, para os clientes, deve conter os dias em que a empresa não terá expediente e para os fornecedores além disso, quem será o responsável por responder diretamente por cada área. A alta gestão pode proporcionar aos funcionários que irão trabalhar nesse meio tempo coisas em curto prazo e coisas em longo prazo, como por exemplo, o direito a escolher a data de suas férias posteriormente, ou o direito de tirar esses dias que a empresa parou.

 Em curto prazo a empresa pode oferecer um café da manha especial, almoço diferenciado, jantar comemorativo e também oferecer lanchinhos da tarde. Além disso, pode permitir ao funcionário todos os dias vir vestido como Casual Day e a organização pode distribuir cartões e lembranças como skeezes, por exemplo. Isso fará com que o funcionário se sinta uma parte importante da empresa, gerando nele sentimento de integração e motivação. Essas são só algumas dicas do que pode ser feito e de como o aviso de férias pode ser repassado para seu público. Cada empresa irá ajustar a melhor forma de repassar isso conforme seu número de funcionários dispensados e números de dias sem expediente.


Referencias:

sábado, 16 de junho de 2012

Na hora do aperto: 5 dicas sobre o que fazer para gerenciar internamente uma crise institucional




No guarda-chuva da estratégia empresarial, a Comunicação Interna aparece como ferramenta fundamental, tanto para prevenir como para gerenciar crises. Para o jornalista Francisco Viana, colunista da Aberje, quando os problemas surgem, os laços de identidade do público interno se quebram junto com a companhia, e manter a comunicação com seus funcionários cria uma ponte de construção de confiabilidade e fidelidade capazes de gerar voz e transpor obstáculos.

É por isso que, em se tratando de crises institucionais, é preciso uma boa dose de planejamento para tomar as ações necessárias e em tempo hábil. Vejamos alguns pontos que devem ser considerados ao se desenvolver um plano de crise:


  1. Informação. Os funcionários devem ser bem informados sobre os fatos, sua evolução e como a empresa se posiciona. É importante que os colaboradores mantenham a confiança no negócio, pois são eles que conversam com clientes no dia-a-dia.
  2. Alinhamento: Pelo mesmo motivo, deve haver uma coordenação entre a maneira com que a organização reage à crise para seus stakeholders externos e internos. O posicionamento perante a mídia e a retórica interna devem ser coerentes entre si.
  3. Ouvir é tão importante quanto falar. É preciso se comprometer os grupos que estão envolvidos no sucesso do seu negócio, e isso quer dizer: diálogo! Mesmo que alguém esteja infeliz com sua empresa, é importante deixar que se expressem livremente, ouvir e aprender com a situação.
  4. Esteja disponível e posicione-se. Esconder-se pode ser uma reação instintiva, mas é certamente a pior decisão a ser tomada num momento de crise. Um posicionamento consciente evita que boatos se alastrem e impede a crise de se prolongar, prejudicando a motivação e o engajamento do seu quadro funcional.
  5. Saiba quais são suas mensagens-chave e use os instrumentos de comunicação interna. Eles são uma excelente oportunidade para reforçar os valores da empresa, que servem como âncoras nesses momentos.
 
Por último, e mais importante de todos: Invista na comunicação com seus funcionários. Eles são embaixadores da empresa, e construir uma relação de qualidade leva tempo e não é fácil. Quando uma crise acontecer, eles estarão ao seu lado e serão excelentes porta-vozes. Vale a máxima: prevenir é melhor que remediar!

sábado, 9 de junho de 2012

Citizen Commitment Week ou, Semana da Cidadania

Acabei de passar por uma experiência incrível no meu trabalho e achei que deveria contá-la aqui, para vocês.
Para quem não sabe, trabalho no banco Société Générale Corporate & Investment Banking. O SG CIB faz parte do grupo Société Générale, com sede na França e que "abriga" diversos tipos de negócios. 
O que aconteceu por lá na semana passada, foi algo que nunca havia presenciado e, confesso que gostei bastante. Vou contar um pouco para vocês...
O Grupo SG tem como tradição/hábito o voluntariado, mas não estamos falando daquele voluntariado forçado, que muitas vezes vemos nas empresas e, se tinha alguma dúvida disso, essa semana que passou sanou todas elas.
Dos dias 01 a 06 de junho aconteceu a Citizen Commitment Week ou, a Semana da Cidadania do Société Générale, que se repete anualmente na mesma época do ano (normalmente no começo de junho). 
Por meio de diversas ações, os funcionários do grupo SG se mobilizam, mundo afora, para praticar de forma mais intensa a cidadania. 

A Semana da Cidadania começa 15 dias antes de sua data oficial. Teasers são enviados via e-mail e colocados nos murais de todas as empresas do grupo com dizeres e informações para atrair os funcionários. Esse ano o Brasil utilizou mais um meio para atrair e motivar a todos: no primeiro dia da semana, quando os  computadores eram ligados, um pop-up surgia na tela, convidando a todos para assistirem um filme onde as melhores e mais marcantes ações das antigas edições da SC passavam cena após cena, ação após ação.
Como o principal objetivo da SC é mobilizar o maior número de voluntários para as ações, além do boca-a-boca - no caso da SC o boca-a-boca é o principal meio de mobilização de pessoas - e-mails divulgando as ações do dia eram distribuídos logo pela manhã, a fim de que todos pudessem se programar e participar.
Claro, as ações não eram divulgadas apenas no dia em que aconteceriam...no 1º dia, além do pop-up nos computadores, calendários criados especialmente para a semana da cidadania foram colocados em todas as mesas, de todos os funcionários das empresas do grupo, portanto, os e-mails funcionavam muito mais como "reminders" do que como convite.
As ações comuns entre Brasil e Paris foram: as doações de gravatas/lenços: cada funcionário que levasse uma gravata/um lenço poderia doar uma foto e enviá-la para os organizadores da SC, esta foto era postada na intranet do Grupo SG, na página especialmente dedicada à semana. Outra ação comun foi a Bike Ride, aqui todas as inscrições foram encaminhadas para a ONG Vida Jovem, no Ipiranga. 
A Bike Ride é a ação mais esperada pelos funcionários do SG, é um passei de bicicleta pelas ruas do  centro da cidade de SP que acontece, normalmente, no primeiro domingo da semana. Este ano, a Bike Ride foi um sucesso e contou com mais de 150 inscritos.
A Semana da Cidadania é um dos maiores eventos sociais do grupo SG. O Instituto Société Générale aqui e na França, trabalham muito próximos do departamento de comunicação durante toda a preparação e duração da SC. É essa parceria de sucesso entre dois braços do grupo que torna esse evento tão especial e que ajuda a atingir seus objetivos.
A Semana da Cidadania é algo que todos deveriam conhecer e que deveria ter essa força verdadeira de ajudar ao próximo. Parabéns ao Instituto SG e a todo o departamento de comunicação de Paris e SP que fizeram um belo trabalho!

sábado, 2 de junho de 2012

Campanha Tô no Jogo - os 100 dias que agitaram o clima na Kraft Foods Brasil


No mundo corporativo, as mudanças ocorrem em um ritmo alucinante. Atualmente, a valorização do capital humano é essencial para manter as corporações mais competitivas, e o engajamento dos colaboradores é uma parte muito estratégica desse processo.

Em 2008, a Kraft Foods, multinacional do ramo de alimentos, se percebeu num momento bastante complicado em seu relacionamento com o público interno. Apesar dos bons resultados em vendas, a empresa passava por uma série de mudanças organizacionais – entre elas a troca de presidente três vezes em apenas um ano – que desmotivaram os funcionários e os afastaram da liderança e dos objetivos da empresa.


A Comunicação da Kraft sentiu a necessidade de desenvolver um planejamento que engajasse o público interno, que os guiassem para os objetivos de negócio da empresa. O plano de ações criado considerou como estratégia central a participação ativa das pessoas. Para isso, foi desenvolvida uma campanha de quatro fases – Inspiração, Participação, Evento e Concurso.

Na fase Inspiração, para disseminar os valores e estratégias corporativas da empresa, a campanha iniciou-se com a divulgação de vídeos que contavam histórias de vitórias dos próprios funcionários da Kraft – um dos depoimentos da série foi do presidente da companhia.
Em seguida, na Participação, foi lançado um hotsite que explicava o conceito da campanha “Tô no jogo”. O portal se dividia entre jogos e mensagens corporativas importantes que deveriam ser incorporadas pelos colaboradores. O hotsite inaugurou um novo momento na companhia ao se tornar um canal aberto a perguntas dos empregados, que eram respondidas rapidamente pela diretoria.

A fase seguinte foi um evento realizado em um ginásio que reuniu todos os funcionários da Kraft para comemorar os bons resultados da empresa e a nova fase na comunicação interna na qual ela entrava. Para finalizar, houve o concurso de histórias e reconhecimento.

Buscando uma comunicação diferenciada para garantir uma mudança radical de cenário de motivação, a campanha foi vencedora do Prêmio Aberje 2009, na categoria Comunicação e Relacionamento com o Público Interno.

Referências:

http://www.aberje.com.br 
http://comunicacaocomfuncionario.blogspot.com/2009/11/campanha-de-engajamento-na-kraft.html

sábado, 26 de maio de 2012

Ãhn?



As campanhas de comunicação interna podem ser direcionadas a diversos públicos da empresa. O departamento reponsável pela comunicação junto com outras áreas específicas, tem a responsabilidade de atingir, em uma mesma campanha, desde a alta gestão até os funcionários responsáveis pela limpeza do local. Diante dessa situação, os comunicadores encontram o desafio de fazer com que cada um entenda a mensagem chave por trás dessa ferramenta e muitas vezes, não é exatamente dessa forma que ocorre:


     Infelizmente nem tudo o que transmitimos é receptado da maneira tencionada. É ai que entram os famosos gap`s da comunicação dentro das organizações. Esses ruídos ocorrem quando não analisamos todas as interpretações possíveis do que estamos transmitindo. Os veículos utilizados na comunicação interna são um meio de disseminação das informações pertinentes a certo público, porém muitas vezes não são tão eficazes quanto esperamos, podendo até mesmo, criar barreiras entre os colaboradores.

      Sendo assim, se faz necessário aplicar pesquisas direcionadas a todos da empresa, além de propiciar um canal aberto para reclamações e sugestões, realizando o chamado "feedback". A partir disso, o diálogo seria o próximo passo para o sucesso, já que nenhum veículo ou ferramenta substituem a comunicação face a face e as mudanças necessárias ocorreriam de forma conjunta a todas as áreas e funcionários de uma empresa e não somente do setor de comunicação.


Quer um exemplo?
Assista a este vídeo e entenderás:
Referências:


sábado, 19 de maio de 2012

Do Story ao Telling

Como facilitar o entendimento e a troca de conhecimento entre o público interno?


É importante inovar e buscar continuamente novas ferramentas e alternativas que façam com que os colaboradores de uma empresa sejam instigados a participarem e contribuírem cada vez mais de ações e campanhas internas. Pensando nisso, abordaremos hoje o conceito Storytelling, uma poderosa ferramenta de comunicação, utilizada atualmente de forma estratégica por grandes empresas de sucesso.


Storytelling nada mais é do que "a arte de contar histórias", resumida em sete etapas: ouvir, aprender, descobrir, explorar, criar, comunicar e encantar. Tem o objetivo de capturar a atenção do público, como fazem os contadores de histórias, acrescentando necessidades do mundo corporativo. Em um mercado pautado pelo excesso de canais e informações, o storytelling, por possuir caráter emotivo, faz com que as pessoas se identifiquem com o caso exposto, facilitando o entendimento da mensagem e a troca de conhecimento, além de atuar na imagem e reputação de uma empresa.


Os cases de storytelling transformaram as histórias em grandes ferramentas de comunicação, capazes de criar um verdadeiro mundo por trás das narrativas. Para ser eficiente e assertivo, não basta apenas contar uma história, mas sim, direcioná-la a um objetivo final que propicie uma mudança na sociedade e agregue valor no dia a dia de cada funcionário.


Há também o chamado Transmídia Storytelling, histórias compartilhadas e potencializadas por meio de diferentes mídias, auxiliando na comunicação de marca e atingindo também o público externo de uma organização.


Assista ao vídeo e entenda um pouco mais sobre essa estratégia de comunicação:




Para o publicitário Pereira-de-Mello, "O Storytelling só dará certo, à medida que se descobrir a história única, real e exclusiva. Podem até copiar sua marca, seus produtos, mas ninguém conseguirá clonar a sua história. O que é ainda mais intrigante é como este processo também se aplica às corporações, em um mercado que deveria ser regido pela frieza dos negócios. As corporações, no entanto, são feitas de pessoas, com medos, aflições, cobranças e pressões nada frias. Nessas horas, um posicionamento sólido, uma marca com uma história para contar, que levem à conquista da confiança do gestor do cliente, podem fazer a diferença".


Faça do storytelling uma prática presente na sua empresa e compartilhe as mais fantásticas histórias e experiências de forma simples e divertida, propagando os valores, a cultura e os princípios da organização.


sábado, 5 de maio de 2012

Intranet 2.0

Recursos para intranet. Fonte
Não é de hoje que boa parte das empresas passou a reconhecer a intranet como uma forma de distribuir informações de maneira uniforme e organizada. Em linhas gerais e também sob ponto de vista do usuário, a intranet serve como um meio para arquivar, compartilhar e acessar informações. Apesar de funcional, muitas vezes as redes internas de uma empresa podem se tornar empobrecidas, estáticas, desatualizadas e pouco úteis.

Foi em busca de evitar este tenebroso ranço que os profissionais de comunicação tiveram um insight: integrar recursos da navegação social à comunicação interna – é o que se chama carinhosamente de Intranet 2.0. Por que investir nela?



Normalmente, o conhecimento é disseminado por meios efêmeros ou informais, em mesas de reunião e nos arredores da máquina do café, por exemplo. Quando a tecnologia é envolvida, fica mais fácil captar, arquivar e transformar este conhecimento em informação acessível. Portanto, permitir que a intranet seja utilizada para construção coletiva de conteúdo pode ajudar na tomada de decisão, servir de memória e incrementar a produtividade. Projetos construídos a várias mãos podem ter suas etapas e evolução rastreados rapidamente, o que facilita também a integração de novos membros a uma equipe. Ao disponibilizar blogs, wikis e podcasts como parte de sua intranet, a empresa convida seus funcionários a compartilharem conhecimento e informação, incentivando a colaboração e inovação. Aliás, segundo Pierre Levy, existe uma forte correlação entre a inteligência coletiva de uma empresa e sua performance no mercado.

Gostou da ideia? Aqui e aqui você encontra dois textos super bacanas que vão um pouquinho mais fundo no assunto.

Neste blog tem um post curtinho que fala sobre a intranet da Ogilvy, e no blog da HSM tem uma série de recursos 2.0 para intranet. Divirta-se!:)

sábado, 28 de abril de 2012

O mundo muda, a comunicação muda com ele


Não tem como falar sobre comunicação sem ponderar sobre as mudanças no mundo corporativo, a eclosão de novas mídias e a necessidade de se manter a credibilidade. Os funcionários estão invariavelmente integrados neste processo, agindo de maneira participativa e exigente, cobrando relações éticas e transparentes. 

Quando uma empresa verifica que o resultado das avaliações de comunicação não foi positivo, ou seja, os objetivos não foram alcançados, e nota uma defasagem no processo, é preciso tomar uma atitude. Em muitos casos, a organização precisa reestruturar sua CI para ter um melhor relacionamento com seu público.

No post de hoje, vamos falar sobre a reestruturação da comunicação interna da Pirelli:

Os Objetivos e Estratégias da Pirelli no projeto de reestruturação foram: identificar as opiniões, percepções e expectativas dos funcionários da Pirelli; planejar a reestruturação completa da Comunicação Interna (CI) com visão estratégica; implantar o programa utilizando técnicas de Relações Públicas para construir a CI com base em redes de relacionamento e reforçando o papel dos veículos internos, além de preparar a equipe da Pirelli para a auto-gestão do programa, após sua implantação.

Foi realizada uma Auditoria de Opinião inicial com uma amostra de 27% dos empregados, para avaliar a comunicação interna e identificar os pontos positivos e negativos, os veículos utilizados, a opinião específica sobre eles e suas expectativas, bem como a cultura interna, o ambiente e seu contexto.

Os resultados apontaram para a baixa eficácia dos canais e alguns pontos negativos, entre outros:
  • Falta de Transparência
  • Falta de Clareza
  • Falta de Agilidade
  • Líderes sem perfil de comunicação
  • Rádio-peão com muita força em todos os níveis hierárquicos
Em relação aos veículos era predominante a ausência de unidade visual, a falta de segmentação dos assuntos, quadros deteriorados, desorganizados e sem manutenção, notícias antigas e com excesso de texto, além de pouca atratividade visual.

O Planejamento foi desenhado para sanar cada ponto diagnosticado e tornar a CI um processo de abertura de informações, consolidando-a como um elemento vivo na empresa. Foram 4 Pilares Estratégicos de trabalho, cada um com táticas específicas para alcance dos objetivos:

Mudança da Cultura de Comunicação
Desenvolver uma cultura que contribua para os trabalhos de CI, por meio da sensibilização da diretoria; treinamento da liderança sobre a importância da comunicação;

Criação de Processos
Organização para o dia-a-dia da Área, tanto no relacionamento entre áreas, quanto na administração das ferramentas.
  
Adequação da Estrutura da Área de Comunicação Interna
Contratação e capacitação de uma equipe dedicada integralmente ao processo

Melhoria dos Canais
Aperfeiçoamento dos veículos antigos e criação de novos

A implantação das mudanças foi realizada em dois meses e acompanhada de uma forte campanha com o mote “Comunica Pirelli: a Pirelli mais perto de você”. Para avaliar os resultados do projeto, foi realizada uma nova pesquisa, utilizando a mesma metodologia da fase inicial, com uma amostra total de 23%.

A avaliação final comprova o sucesso do Projeto. A Comunicação Interna melhorou para 90% dos empregados e foi considerada positiva para 80% deles, apontando uma melhora de 142% de um período para outro.

Isso mostra que está sempre em tempo de se renovar os ânimos e melhorar a comunicação de uma empresa. É preciso conhecer bem as necessidades de mudança, planejar a implementação e colocar uma pitada de criatividade. O resultado costuma compensar!

sábado, 21 de abril de 2012

As ferramentas de comunicação na sua empresa

Agora você já sabe que para elaborar uma comunicação interna eficiente e que faça diferença na sua empresa é preciso:
1 - Fazer com que a liderança entenda a importância da comunicação interna;
2 - diagnosticar os meios de comunicação existentes;
3 - Organizar o plano de comunicação;
4 - Conhecer a ferramentas para comunicar com eficiência.


Bom, mas que ferramentas utilizar na sua empresa para tornar, de fato, a comunicação eficiente?
A primeira coisa que devemos entender é que cada instituição é única e portanto não existe uma "receita de bolo" igual para todas.
É necessário estudar e, principalmente, entender o que cada organização demanda.
Hoje, vamos falar um pouco de uma ferramenta específica que, em geral, é muito eficiente nas grandes organizações: o Jornal Mural.


O Jornal Mural é uma ferramenta que ajuda a organização a disseminar informações pertinentes no âmbito empresarial e da comunidade, podendo abordar assuntos internos da empresa e também tópicos pertinentes à comunidade, como saúde, higiene, cultura e tantos outros.
Para você que talvez não saiba o que é um jornal mural, fique sabendo: é uma ferramenta que deve ser atualizada periodicamente, trazendo informações relevantes da empresa, como eventos importantes ou conquistas atuais da organização. Nele também pode-se abordar assuntos pertinentes da comunidade onde a empresa está inserida, como cultura (eventos culturais onde os colaboradores podem estar presentes), higiene (em alguns casos é importante falar sobre higiene, já que as vezes a empresa está inserida em um local crítico, em que nem todos saibam/entendam a importância do assunto), saúde (matérias que levem informações pertinentes ao cotidiano do colaborador, podem ser transmitidas para seus familiares e atingirão um público maior do que apenas os funcionários da empresa), entre tantos outros assuntos.


Com base no estudo prévio da organização e da demanda de seus colaboradores, pode-se planejar um jornal mural semanal, quinzenal ou até mesmo mensal, mas, quando essa ferramenta é viável e útil na organização?
O Jornal Mural pode ser aplicado em inúmeras situações e será utilizada em melhores condições se:
1- A empresa for de grande porte;
2- O fluxo de informação na empresa é grande: muita coisa acontece dentro de um curto período;
3- A empresa tem como objetivo atingir um grande número de funcionários em um curto período de tempo.


Para lançar um jornal mural, precisa-se entender o fluxo de colaboradores (entender onde os colaboradores poderiam entrar em contato com essas informações, ou seja, onde o funcionário estaria quando fosse ler o jornal? Que tipo de informação esse colaborador quer encontrar no jornal mural? E a principal pergunta: essas informações são importantes/pertinentes no cotidiano pessoal e profissional desse colaborador?
O jornal mural é uma ferramenta de aproximação da empresa com o colaborador, portanto é veementemente necessário trazer informações verídicas e relevantes.
Lembre-se: quando você sugerir a implantação de um jornal mural na sua empresa, você deve ter todo este background já estudado e pré-estabelecido, dentro de um estudo da sua organização e demanda, caso contrário, essa ferramenta será apenas mais uma fonte de informações sem credibilidade.
É importante focar no estudo e entendimento da organização antes de escolher as ferramentas de comunicação que serão implementadas. Em alguns casos, o jornal mural pode ser de grande utilidade porém, em outros, a intranet ou uma newsletter digital será de muito mais proveito e alcance.


#dica: O estudo de cada organização é essencial para o sucesso na aplicação de uma ferramenta de comunicação!


Fique atento, nos próximos posts falaremos um pouco mais de cada ferramenta de comunicação que poderá ser utilizada pelas organizações com grande sucesso!

sábado, 7 de abril de 2012

Como estruturar a Comunicação Interna em 4, 3, 2, 1...

Parte 1







Agora que vocês já sabem  um pouco mais sobre o que é a comunicação interna e qual a importância da sua atuação em uma organização, resta esclarecermos uma dúvida: como funciona, na prática, a estruturação da área e da política de comunicação interna?


Não existe uma receita de bolo ou regra certa a ser seguida. Cada organização possui as suas particularidades e lidam de formas diferentes com os seus stakeholders. Independente disso, é importante saber como aprimorar a política de comunicação interna ou como implementá-la corretamente, caso a empresa ainda não a possua.


O esquema abaixo o ajudará a entender um pouco mais o passo a passo de como estruturar a comunicação interna dentro das organizações. São 4 passos a serem seguidos:
  • Passo 1: Fazer com que a liderança entenda a importância da comunicação interna;
  • Passo 2: Diagnosticar os meios de comunicação existentes;
  • Passo 3: Dar início ao planejamento de comunicação interna;
  • Passo 4: Implementar veículos, ferramentas e campanhas de comunicação apropriadas para a organização.
Passo 1:  Fazer com que a liderança entenda a importância da comunicação interna.


Um dos princípios das Relações Públicas é a Educação. Todas as ações de Relações Públicas devem ter um aspecto educativo e elucidativo, ou seja, propor trabalhos que modifiquem comportamentos, que reavaliem conceitos, que promovam uma boa imagem, mas que, acima de tudo, conduzam as potencialidades da empresa e de seus públicos. É a partir deste princípio que se devem apresentar as Relações Públicas para a alta gestão, como uma área essencial para a empresa, destacando as vantagens e os resultados a serem alcançados a curto, médio e longo prazo.
É importante que a liderança entenda esses highlights da comunicação interna, tendo em vista que eles auxiliam na consolidação da cultura organizacional e dos valores da empresa, de modo que atuam nos estados de motivação, engajamento, criatividade e aumento da produtividade de cada colaborador. Além disso, deve-se especificar que as ações de comunicação interna, na maioria das vezes, requerem um custo benefício para que sejam executas e nem sempre trazem resultados imediatos, por tratar-se de um processo contínuo.


Após feita a “educação” da liderança, seguimos para o Passo 2: Diagnosticar os meios de comunicação existentes.







Mesmo que a empresa não possua uma política de comunicação interna estruturada, há uma dinâmica de comunicação que satisfaz as necessidades pontuais, como por exemplo, o diálogo por email, as conversas paralelas nos corredores, durante as pausas e etc. Aprimorar esse processo de comunicação fará com que os rumores e boatos sejam evitados além de melhorar o clima organizacional.



Antes de qualquer iniciativa, é veementemente indispensável a aplicação de uma pesquisa para verificar a percepção dos colaboradores e a real situação da organização em relação a diversos aspectos, dentre eles: eficácia da comunicação com a liderança e  comunicação lateral; eficácia dos veículos e ferramentas de comunicação existentes; avaliação do grau de envolvimento dos funcionários em campanhas e projetos; entre outras questões que ajudarão, posteriormente, a identificar os pontos fortes e fracos da comunicação interna.


 Agora você já sabe os primeiros passos para dar início à estruturação da comunicação interna dentro de uma organização. Para saber mais sobre esse processo, basta continuar acessando o Blog Veículos & Campanhas para ficar expert no assunto!

sábado, 31 de março de 2012

Comunicação interna e campanhas

Na semana passada tivemos a oportunidade de entender a importância da comunicação interna, visto que ela vem sendo implementada nas organizações por diversos motivos.

E como é feita a inserção, na prática, dessa comunicação em uma organização?

Os meios como Newsletter, intranet, revista interna, jornal mural, TV interna, já citados antes, são ferramentes para "distribuir" informações necessárias aos colaboradores. A Comunicação Interna acaba por ai? Não! Hoje iremos dar exemplos de como organizações usam campanhas de comunicação interna para um fim específico.

Muitas empresas, com um número grande de funcionários, tem dificuldade de se comunicar diretamente com eles, o que acaba tornando a comunicação dessa empresa uma via de mão única e, portanto, ineficaz. Por este motivo, muitas delas aderem a eventos e campanhas corporativas, como a Klablin Segal em 2007, para reforçar os valores e a cultura de sua empresa e para ficar mais próxima de seu público interno:


" Em comemoração aos 10 anos da incorporadora paulista, adesivos inusitados invadem os corredores da empresa e geram surpresa entre funcionários. A Klabin Segall, incorporadora paulista especializada no segmento residencial, lança nesta semana uma campanha de endomarketing com o mote “A Klabin Segall é você”. O principal objetivo da ação é reforçar junto aos 50 funcionários, por meio de adesivos lúdicos, os valores da empresa: ousadia, criatividade, respeito ao ser humano, honestidade, transparência e excelência na prestação de serviços. “Nestes 10 anos, a Klabin Segall revolucionou o mercado imobiliário, utilizando os valores que prega”, diz Sergio Segall, diretor da incorporadora. “Queremos que eles continuem a inovar nos próximos anos”, completa ele. A cada semana, um dos valores virará a conversa de corredor da Klabin Segall.“A idéia é gerar burburinho”, diz Marcelo Vial, diretor da Espalhe Marketing de Guerrilha, que criou e desenvolveu a ação. “É uma forma de tornar tangíveis os valores para os funcionários, fazendo com que eles absorvam o que a empresa espera deles”, completa ele. Já na entrada da empresa, a porta de vidro estampa um adesivo, com a frase de incentivo: “Os valores de uma empresa são construídos por nossa atitude, não basta escrevê-los em uma folha de papel, é preciso praticá-los”.O primeiro valor abordado é a ousadia. Nos espelhos de todos os toaletes da empresa foram colados adesivos que transformam a imagem do funcionário em algo que ele não está acostumado a ver. Quem se olhar nos espelhos, ganhará um cabelo roxo ou um terno bem talhado. “Nem sempre o que vemos no espelho reflete todas as possibilidades. Com ousadia, podemos ir além da imagem refletida”, exemplifica Marcella Carvalhal, gerente de marketing da incorporadora. Nas próximas semanas, mais adesivos invadirão a Klabin Segall para reforçar os outros valores da empresa".

Fonte: KLABIN, 2007

Como podemos observar, a comunicação interna neste caso foi usada por meio de uma campanha com o objetivo de reforçar valores da empresa e fazer com que o funcionário se sinta parte dela. O modo como espalharam isso foi, principalmente, por meio do tão famoso "boca-a-boca" e de adesivos corporativos espalhados pela empresa. 

Já no caso abaixo, a divulgação interna usada para espalhar uma ação de "colaboração com o próximo" chamada “Tá limpo? Tá legal!” dentro da empresa, a agência MGBRAS, junto com a área de comunicação da ArcelorMittal Jequitinhonha (subsidiária integral da ArcelorMittal Inox Brasil dedicada à produção de madeira e carvão vegetal para uso siderúrgico a partir de florestas plantadas de eucaliptos), desenvolveram a seguinte campanha interna para a empresa:

" Com o objetivo de criar o hábito da limpeza nos locais de trabalho, foi feito um concurso, no qual os setores eram avaliados e, havendo 3 boas avaliações seguidas, concorriam a um prêmio por sorteio. Para divulgação, foi usado o informativo, folders, cartazes e banners, onde ficavam afixadas as avaliações. O envolvimento dos empregados foi enorme, e depois de um tempo a campanha acabou, mas o hábito da limpeza foi incorporado como valor".
Assim podemos observar que a comunicação interna não serve só para passar informações e chamar atenção para os valores da empresa, mas também para conscientizar os funcionários de uma organização e ao mesmo tempo dar-lhes espaço e direito de manifestar sua opinião e dar sua colaboração.

sábado, 24 de março de 2012

A Comunicação Interna e o Quico: o que é, como se faz, quais os seus benefícios.

Comunicação Interna é uma prática que vem sendo adotada desde meados de 1800, e que vem evoluindo desde então para sintonizar na mesma frequência uma organização e as pessoas que de alguma forma fazem parte dela. A força de trabalho é, em última instância, a personificação da marca - e é com base neste pensamento que pretendemos hoje desmembrar o famigerado questionamento E o Quico? em uma série de conceitos breves que deixarão a pista do que é que você e a sua empresa têm a ver com isso.


O que é mesmo Comunicação Interna
Conforme a definição de Rhodia, ela é "uma ferramenta estratégica para compatibilização dos interesses dos empregados da empresa, através do estimulo ao diálogo, à troca de informações e de experências e à participação de todos os níveis". Em outras palavras, ela se baseia em diálogo: o estímulo a um fluxo biderecional em que ambas as partes tem necessariamente, de ser ouvidas e consideradas para que se construa uma relação satisfatória entre a empresa e colaborador.



Operacionalização
CI é essencialmente uma função de suporte, que deve atender às demandas de troca de informações, conscientização, integração e reconhecimento de diversas áreas de uma organização. Para fazê-la bem feita, é necessário estabelecer um plano de trabalho que a insira nas estratégias organizacionais e permita seu acesso tanto a estas diversas áreas internas, como à alta direção da empresa.
Newsletter, intranet, revista interna, jornal mural, TV interna são alguns exemplos de ferramentas de que se pode lançar mão para disseminar informações oficiais. Vale dizer que é importante não se restringir a isso, uma vez que os resultados da CI são potencializados quando estas ferramentas são integradas a campanhas, eventos, treinamentos e capacitação da liderança.

Apostando em CI
Falando em resultados, o que podemos alcançar por meio da CI? Comumente encontraremos as palavras “motivação” e “engajamento” como parte da entourage da Comunicação Interna, e isso não é sem razão. Vejamos:
Quando o colaborador não conhece ou compreende quem é e como funciona a organização em que trabalha, é cada um por si. Cada qual rema num ritmo e direção próprios, dentro de um mesmo barco. Falta de informação permite que floresçam a comunicação informal e o surgimento de boatos. Com a única certeza de que tudo na empresa é relativo ou incerto, o funcionário não enxerga propósito naquilo que faz e se sente inseguro no trabalho. Quando a empresa não valoriza suas pessoas e não estabelece um diálogo com elas, o índice de turnover tende a ser alto e os resultados, prejudicados.
Educar colaboradores e ouvir o que eles têm a dizer em troca gera o sentimento de se pertencer. A empatia com os princípios de uma empresa faz com que seus funcionários trabalhem norteados por uma mesma linha condutora e que entendam que suas funções são parte essencial da engrenagem do negócio. Melhor que isso: ao promover este senso de realização, a CI faz com que funcionários trabalhem felizes. É uma maneira de extrair voluntariamente o que cada um tem de melhor.
Portanto, quando estiver diante da pergunta Por que investir em Comunicação Interna?, sugerimos que pergunte a si mesmo: e por que não? Além de proporcionar benefícios, a CI pode evitar o surgimento de problemas graves relacionados ao seu capital humano – e, no fim das contas, as empresas são feitas de pessoas.